09 maio 2006

Salmo 58...

- Soube?
- Do quê?
- Achei esse salmo...
- É!
- Me parece bem apropriado para esses tempos atuais...
- É!

Salmo 58

A maior alegria dos justos

Poderosos, é verdade que vocês dão sentenças justas?
Será que vocês julgam os homens com retidão?
Ao contrário! No coração, vocês planejam a injustiça,
E, na terra, sua mão inclina a balança
Em favor do violento.

Desde o seio materno os injustos se extraviam,
Desde o ventre já falam mentiras.
Eles têm o veneno como veneno de serpente,
São como víbora surda, que tapa os ouvidos
Para não ouvir a voz dos encantadores,
Do mais hábil em praticar encantamentos.

Ó Deus, quebra-lhes os dentes da boca!
Javé, arranca as presas desses leõezinhos!
Que se diluam como água escorrendo,
Que murchem como a erva pisada,
Sejam como lesma, que se derrete ao caminhar,
Como aborto, que não chega a ver o sol!
Antes que brotem, como espinho no espinheiro,
Verdes ou secos, que o furacão os carregue!

Que o justo se alegre ao ver a vingança,
E lave seus pés no sangue do injusto.
E os homens comentem:
“Sim! Existe um fruto para o justo,
porque existe um Deus
que faz justiça sobre a terra!”

Comentário:
É uma violenta súplica pedindo justiça.
Os injustos formam uma classe organizada e especialista na fraude. São piores que serpentes, porque elas podem ser controladas, enquanto eles são indomáveis: tapam os ouvidos, fechando-se completamente a qualquer possibilidade de mudança.
Com eles, nem mesmo Deus pode fazer nada.
Diante da obstinação dos injustos, pede-se que Deus manifeste sua justiça, fazendo os injustos desaparecer.
A derrota dos injustos é motivo de alegria para todos os que têm fome e sede de justiça. Não se trata de nenhum prazer na vingança, mas de alegria legítima pelo triunfo da justiça. É na realização da justiça que os homens podem reconhecer a presença e ação do Deus vivo. Se o homem não realiza a justiça, não merece o crédito de ninguém.

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