Quem poderia dar-me no deserto um abrigo de viajantes? Então eu teria o meu povo e iria para longe deles, pois todos eles são adúlteros, um bando de traidores. Retesam a língua como um arco; o que manda no país é a mentira, e não a verdade. Pois eles saem de um crime para outro, e não me conhecem – oráculo de Javé. Cada um se cuide do seu próximo e não confie em nenhum dos irmãos, pois todo irmão engana o seu irmão, e todo amigo espalha calúnias. Todo mundo logra o seu próximo, e ninguém fala a verdade; treinam a língua para falar mentiras, e praticam a injustiça até se cansar. Vivem no meio da falsidade e, por causa da falsidade, recusam conhecer-me – oráculo de Javé. Por isso, assim diz Javé dos exércitos: Eu os fundirei e os provarei: que outra coisa poderia eu fazer com a capital do meu povo? A língua deles é uma flecha envenenada: tudo o que falam é pura tapeação. Cada um fala de paz com o próximo, mas, no íntimo, está preparando armadilhas. Não deveria eu puni-los por essas coisas? – oráculo de Javé. Não deveria eu vingar-me de um povo como esse?
Sobre as montanhas desato a chorar e a gemer, pelos campos da baixada solto o meu lamento, pois tudo está arrasado; por ali não passa mais ninguém, e já nem se escuta mais o barulho do gado; desde as aves do céu até as criações, todos fugiram e desapareceram. Vou fazer de Jerusalém um monte de ruínas: ela se tornará esconderijo de chacais; das outras cidades de Judá vou fazer um lugar desolado, onde não haja morador nenhum.
Jeremias 9, 1-10
Um comentário:
Olá Soube, bom dia.
Permita-me copiar lá para o meu blog?
Obrigada.
beijos e bom final de semana.
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