03 agosto 2006

A idolatria é a fonte da corrupção...

Não bastou a esses homens errar no conhecimento de Deus. Eles vivem também na grande guerra da ignorância, e dão ainda a esses males o nome de paz. Celebram iniciações onde matam crianças ou realizam mistérios ocultos, ou ainda fazem banquetes orgiásticos com rituais estranhos. Não conservam pura nem a vida, nem o casamento, e cada um elimina o outro por traição ou aflige-o com adultério. Por toda parte há uma grande confusão, sangue e crime, roubo e fraude, corrupção e deslealdade, revolta e perjúrio, perseguição contra os bons e esquecimento da gratidão, impureza das almas e perversão sexual, desordens no casamento, adultério e libertinagem.

A adoração de ídolos sem nome é princípio, causa e fim de todo o mal. De fato, os idólatras entregam-se a divertimentos até o delírio, ou profetizam a mentira, ou vivem na injustiça, ou perjuram com facilidade. Colocando sua confiança em ídolos sem vida, eles não esperam castigo nenhum por terem jurado falso. A sentença, porém, os atingirá por dois motivos: porque, seguindo os ídolos, tiveram falsa concepção de Deus, e porque, desprezando a santidade, juraram falso. De fato, o que persegue sempre a transgressão dos injustos não é o poder daqueles por quem se jura, mas o castigo mesmo, que é reservado aos pecadores.

Sabedoria, 14, 22-31.

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