Amassando com fadiga a terra mole, o oleiro modela para nosso uso todo tipo de vasos. Com o mesmo barro, modela tanto os vasos, que servem para uso nobre, como também aqueles destinados para outros fins. O oleiro determina qual deverá ser o uso de cada um deles. Depois, dando-se a um esforço mal empregado, com o mesmo barro modela uma divindade falsa. O oleiro tinha pouco antes nascido da terra e logo voltará para a terra de onde foi tirado. E então Deus lhe pedirá contas da vida que lhe tinha sido emprestada. Mas ele não se preocupa com o fato de ter vida breve e depois morrer. Pelo contrário, compete com os que moldam em ouro e prata, imita os que trabalham com bronze, e se vangloria de fabricar coisas falsas. A mente dele é pura cinza, sua esperança é mais desprezível do que a terra, e sua vida vale menos do que o barro, porque não reconhece Aquele que o modelou, lhe infundiu alma ativa e lhe inspirou sopro vital. O oleiro considera a nossa vida como um jogo, e a existência como negócio lucrativo. Ele diz: “É precisa tirar proveito de tudo, até mesmo do mal”. Sim, mais do que está pecando: fabrica de matéria terrestre vasos frágeis e estátuas de ídolos.
Sabedoria 15, 7-13.
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