- Soube?
- Do quê?
- Imagine uma propaganda em horário eleitoral, em outubro de 2006!
- É!
- Aparece um cidadão, com o Código de Defesa do Consumidor na mão e enfia na tela da TV do eleitor.
- É!
- E diz: Uma história da vida real! (e de fundo vai ocorrendo a representação dessa história).
Um cidadão vai comprar uma TV e o vendedor, de certa idade, com poucos cabelos, lhe diz, com cara matreira, que o equipamento tem o benefício de 4 anos na garantia. - Pode comprar tranqüilo, diz ele.
O cidadão, semblante alegre, leva exultante, o tão desejado aparelho pra casa.
Passam-se 2 anos e a TV apresenta problemas. O cidadão, crédulo, vai com o certificado de garantia na mão, até a loja.
O vendedor nega o serviço, dizendo que não existe garantia de 4 anos. Apenas fez isso porque a concorrência assim o exige. Se ele não fizesse isso, não faria a venda. Que infelizmente, as coisas são assim mesmo.
O cidadão triste, desolado, volta pra casa com o papel na mão, vira-se para a câmera e em close diz:
É justo isso? Você acreditaria novamente nesse vendedor?
Corta pra promessa de permanecer 4 anos na prefeitura e mostra o papel assinado.
- E aí, gostaram da propaganda? Qual é o impacto disso?
- É!
- Alguém acha que isso não irá ao ar?
- É!
- Não sou marqueteiro, mas tenho a certeza de que um bom profissional saberia tirar o melhor proveito dessa história, repetindo-a inúmeras vezes.
- É!
- Provavelmente vão dizer que essa história é irrelevante...
- É!
- Que preparado para a campanha, é o candidato que caiu nesse truque.
- É!
- E eu sou apenas um imbecil amador, brincando de fazer política.
- É!
- E sou mesmo, não devem acreditar em mim, sou apenas um eleitor.
- É!
PS: Sugiro que o PSBD combata essa história, colocando no ar, o Roberto Romano e o Reinaldo Azevedo, explicando ética e filosofia para a sociedade:
http://www.primeiraleitura.com.br/auto/entenda.php?id=6889
e
http://www.primeiraleitura.com.br/auto/entenda.php?id=6888
- Bom proveito.
- É!
7 comentários:
Em política, nenhuma verdade é definitiva.
Ou, a rigor, não existe "verdade".
O que existe são versões da verdade, alternadas na vitrina conforme a conveniência do momento.
O "Fico" de José Serra é uma dessas verdades: embora o conteúdo da carta seja absolutamente claro, o propósito que a ela deu origem em 2004 já não é bem o mesmo em 2006.
Uns chamam a isso "a dinâmica das coisas". Outros, "a conveniência do momento".
- Soube?
- Do quê?
- Artemus, aceitando a "verdade política" e essa "dinâmica das coisas", é que chegamos no estado atual.
- É!
- Não tenho ilusões, mas prefiro fazer a minha parte.
- É!
- Devo isso à minha consciência, mesmo sendo uma luta contra moinhos.
- É!
Soube,
Muito me honraria ser seu Sancho Pança nessa épica busca pela libertação de Dulcinéia de Toboso.
Conte comigo para o bom combate contra Fristão.
E cuidarei para que não falte alimento a Rocinante.
Artemos e Soube?
Eu serei o Rocinante, até já aprendi comer grama. Talvez existam 53 milhões de "Ruminantes"
Que nem tenham esse bonito nome.
Em tempo: O cavalo não é um ruminante.
Errei: Artemus
O PT iniciou a contra ofensiva, hoje Gisele Bunchen, afirma em capa de revista (dessas que moram nos cabeleleiros e consultórios), que lulla merece confiança para mais quatro anos. Não usarão mais "intelectuais" nem atores, elles virão de povão mesmo.
- Soube?
- Do quê?
- Moita, vc quer cometer suicídio/autofagia?
- É!
- Você vai ser a própria refeição de si mesmo ...
- É!
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